"O tempo é valiosíssimo, mas não custa nada, podemos fazer o que quisermos com ele, menos possui-lo, podemos gasta-lo, mas não podemos guarda-lo. Quando o perdemos não podemos recupera-lo, "passou e pronto.!".

26.05.13


O sobrepeso não é desculpa para fugir da corrida. Ao contrário, só meia hora de treino em dias alternados queima os excessos, traz novos amigos e induz a um novo estilo de vida. O gordinho cultiva uns quilos a mais, gostaria de correr, mas não começa porque teme o impacto nas articulações ou um peripaque cardiorrespiratório. Já que não corre, mantém os tais quilinhos, e o círculo vicioso permanece: não corre porque está acima do peso ou está acima do peso porque não corre? Para acabar com o dilema, médicos e treinadores avisam: Quem está gordinho e não tem contra-indicação médica pode começar já, desde que o exercício seja feito com regularidade e na intensidade correcta. Além de afastá-lo dessa triste estatística, segundo o fisiologista Rogério Neves, diretor médico da SportsLab, correr é bom para:


:: Circulação: o sangue circula mais pelo corpo, aumentando a entrada de oxigênio nos tecidos e otimiza a função dos órgãos.

:: Rins: o aumento da circulação melhora a função do rim, que filtra o sangue e reduz o número de substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

:: Sono: o organismo aproveita melhor as horas de sono. É nesse momento que o corpo relaxa e absorve os ganhos fisiológicos do exercício.

:: Cérebro: aumentam os níveis de serotonina, neurotransmissor associado à depressão. Em baixos níveis, o hormônio é associado às alterações do sono, vontade de comer doce e depressão.

:: Peso: uma pessoa de 70 kg queima cerca de 450 calorias a cada hora de corrida.

:: Glicemia: as taxas de glicose caem e as células se tornam mais sensíveis à insulina, o que reduz os níveis de açúcar no sangue.

:: Ossos: a corrida estimula a formação de massa óssea ajudando a prevenir lesões como a osteoporose.

:: Pressão: a corrida promove maior elasticidade dos vasos sangüíneos, o que ajuda a manter a pressão baixa.

:: Pulmão: corredores têm menos risco de contrair infecção respiratória, já que, com a corrida, a função do pulmão é maximizada – principalmente na porção superior.

:: Colesterol: os níveis de LDL (colesterol “ruim”) diminuem.

:: Stresse:
o hormônio cortisol, liberado quando a pessoa está estressada, é queimado durante a corrida, diminuindo a carga de estresse.

:: Coração:
a corrida ajuda a fortalecer e melhorar a eficiência. Gradativamente o atleta tem capacidade para bombear mais sangue com menos batimentos cardíacos.

Para começar
O primeiro passo é entender o que é sobrepeso. A OMS define o IMC (Índice de Massa Corporal) como um indicador usado para médias populacionais, mas que não analisa a estrutura corporal da pessoa. Por isso, segundo especialistas, o ideal é fazer um teste de percentual de gordura, além de calcular o IMC. Veja como é feito:
Peso (em kg)
IMC =   -------------------------------------
Altura (em m) x Altura (em m)

Até 18,5: abaixo do peso
De 18,5 a 25: normal
De 25 a 29,9: sobrepeso
Acima de 30: obeso


De acordo com a nutricionista Patrícia Bertolucci, graduada pela Universidade Federal de Goiás e especializada em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo):

Sobrepeso: peso acima da faixa considerada ideal para a idade, o estado fisiológico e a altura. Dificuldade para respirar, sensação de cansaço e mudança na rotina de sono são os primeiros sintomas.

Obesidade: acúmulo excessivo de gordura corporal, com sérios danos à saúde, como hipertensão arterial, diabetes, alterações no sangue, doenças cardiovasculares, problemas nos pulmões, articulações e sistema reprodutivo.

Obesidade mórbida: acúmulo de gordura ainda maior; alguns nem conseguem andar, o indivíduo corre risco de morte.


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