"O tempo é valiosíssimo, mas não custa nada, podemos fazer o que quisermos com ele, menos possui-lo, podemos gasta-lo, mas não podemos guarda-lo. Quando o perdemos não podemos recupera-lo, "passou e pronto.!".

12.09.13


Bolhas e assaduras podem ser um problema para atletas durante a corrida. Saiba como prevenir esses incômodos e evitar que eles atrapalhem o desempenho em um treino ou prova.

 


“Sem dor, sem ganho”. Esta frase costuma servir de motivação para atletas profissionais e amadores em muitos momentos difíceis. Mas isto não significa que é preciso sofrer para praticar um desporto, e saber como acabar com alguns incômodos pode fazer o exercício se tornar uma actividade muito mais prazerosa.

Na corrida, é muito comum os atletas se depararem com assaduras ou bolhas causadas pelo atrito entre algumas partes do corpo ou com o vestuário. Elas podem atrapalhar o desempenho ou até mesmo obrigar o corredor a interromper uma prova.

“Uma assadura ou bolha pode se tornar algo muito desconfortável e comprometer todo um treino ou uma competição. Quem costuma sofrer com isso, precisa tomar alguns cuidados”, alerta Adriano Bastos, atleta profissional e director técnico da Adriano Bastos Treino Desportivo.

Estes incômodos costumam surgir na parte interna da coxa, na região da virilha, debaixo das axilas, entre os dedos dos pés, nos calcanhares, nos mamilos ou no pescoço, e, muitas vezes, o uso de vestimentas adequadas é o suficiente para evitá-los.

“Usar uma bermuda de lycra debaixo do calção é o caminho mais adequado para evitar assaduras na parte interna das coxas, pois o tecido mais liso minimiza o atrito. Esparadrapos entre os dedos do pé também ajudam a proteger e não ter o contacto com a pele”, aconselha Bastos.

“O vestuário apropriado ajuda a poupar o corredor de certos problemas. Uma meia justa, específica para corrida, minimiza o deslocamento do tecido e é mais difícil provocar bolhas nos calcanhares. O atleta também pode usar um esparadrapo ou band-aid nos mamilos para evitar o contacto com o tecido da camiseta”, orienta Luiz Fernando Bernardi, director técnico da Find Yourself.

O uso de vaselina nas regiões de atrito também costuma ser uma saída adoptada por muitos atletas, mas ela pode perder a sua eficiência em treinos ou provas mais longas.

“Além de ficar uma meleca, a vaselina sai com o tempo e as assaduras podem surgir do mesmo jeito”, diz Bastos. “Se actividade for mais longa, o corredor vai precisar repassar a vaselina para continuar protegido”, completa Bernardi.

Autoconhecimento
Escolher qual método utilizar para evitar bolhas e assaduras é uma escolha pessoal e, quase sempre, o corredor precisa “sofrer” com o incômodo para então preveni-lo.

“Pelo próprio histórico desportivo, a pessoa já deve ter uma atitude de prevenção, e ficar atento aos locais do corpo que precisam ser protegidos”, afirma Bernardi. “Não dá para ir ás escuras. Enrolar todo o pé com esparadrapo ou tomar um banho de vaselina. Isto pode até gerar um novo incômodo. É preciso ter sofrido com algo antes, pois geralmente é sempre no mesmo lugar que vai aparecer o problema”, diz Bastos.


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