"O tempo é valiosíssimo, mas não custa nada, podemos fazer o que quisermos com ele, menos possui-lo, podemos gasta-lo, mas não podemos guarda-lo. Quando o perdemos não podemos recupera-lo, "passou e pronto.!".

23.05.14

Para começar no desporto, é imprescindível fazer testes e exames para garantir a sua saúde e bem-estar durante a corrida

 

Você quer começar a correr e não sabe qual o primeiro passo? Definitivamente, a opção de começar a correr sózinho, sem supervisão, não é uma boa alternativa. Afinal, é preciso fazer testes e exames que o liberem  para a prática da corrida, actividade de alta intensidade cardiorrespiratória.
O primeiro passo é agendar uma consulta com um médico especialista em medicina desportiva ou fisiologia do exercício, que irá analisar o seu histórico de actividades físicas, doenças de seus antecedentes familiares, lesões pré-existentes e objectivos no desporto. Independentemente da idade, o passo a seguir são os exames de esforço para medir a função cardiovascular do corredor. “Como o coração é um órgão muito solicitado, os primeiros exames recomendados são o ergométrico ou o ergoespirométrico, também chamado de cardiopulmonar. Enquanto o ergométrico avalia a condição e o risco cardiovascular, o outro analisa a capacidade aeróbica máxima e identifica os limiares ventilatórios, necessário para avaliar depois a evolução da potência aeróbica”, explicou Luiz Augusto Riani, fisiologista e pesquisador da Escola de Educação Física e Dsporto da USP. Paralelamente aos exames de esforço, o ecocardiograma e os exames laboratoriais de sangue também são e podem ser solicitados. “A partir do resultado de todos esses testes, é possível definir intensidade, volume, tempo e a distância do treino”, afirmou o fisiologista. Para completar, os exames biomecânicos, como o teste de pisada, são importantes para definir o calçado apropriado.

Classificação e tipos de exames
Para o fisiologista Luiz Augusto Riani, os exames podem ser classificados em três grupos: cardiovascular, metabólico e biomecânico. Confira como os exames são feitos e quais as funções.
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CARDIOVASCULAR
Ergométrico
Como é:
o atleta caminha e corre na esteira ou pedala na bicicleta ergométrica, enquanto a actividade do seu coração é monitorada por um eletrocardiograma (ECG).
Função: mede a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a postura e sintomas como cansaço, falta de ar e dor no peito.

Ergoespirométrico (cardiopulmonar)
Como é:
ao realizar o teste ergométrico, é acoplada uma máscara no rosto do atleta, que funciona como um sensor para analisar os gases emitidos.
Função: detectar o consumo máximo de oxigênio (VO2 Máx) e o limiar anaeróbio, que indica as zonas ideais para treino aeróbico. Esse exame também é solicitado para pessoas com menos de 30 anos de idade para verificar a presença de factores de risco para doenças cardíacas, obesidade, hipertensão, tabagismo, estresse, colesterol e diabetes.

Eletrocardiograma simples (ECG)
Como é:
para iniciar, é preciso estar calmo e em repouso por alguns minutos. Deitado na maca, um técnico fixa adesivos, chamados eletrodos, sobre a pele dos braços, pernas e peito. Para fixar os eletrodos, é possível que seja preciso raspar os pelos do local. Por meio do aparelho de eletrocardiograma, é feito o registro da variação dos potenciais elétricos que se originam da atividade cardíaca.
Função: identifica isquemia miocárdica, diminuição do fluxo de sangue arterial para determinada região do corpo, que pode causar infarto, e doenças coronarianas.

Ecocardiograma
Como é:
é preciso ficar deitado de lado na maca. É aplicado um gel no peito e, com o aparelho de ultra-som, o técnico recolhe imagens do coração.
Função: ao criar imagens do coração, fornece informações sobre o tamanho e a forma do órgão e mostra o trabalho das válvulas e câmaras. Também pode identificar áreas do músculo cardíaco que não estão contraindo normalmente devido ao pouco fluxo de sangue ou lesão de ataques cardíacos anteriores. O exame também verifica a manifestação hipertrofia miocárdica, em que o coração se auto-obstruiu ao fazer esforço.

METABÓLICO (EXAMES DE SANGUE)
Hemograma:
avalia se o corredor está com anemia. Se a doença for detectada, o atleta poderá ter menor rendimento durante o treino.

Glicemia: identifica se o corredor está com diabetes. A doença pode reduzir o esforço físico do atleta.

Dosagem do colesterol: os níveis de LDL e HDL no seu sangue podem ser determinados em um exame de sangue. O colesterol alto (LDL) pode causar maior risco para o surgimento de doenças cardíacas.

Sódio, potássio, cálcio e magnésio: eletrólitos responsáveis pelo equilíbrio muscular e construção neuromuscular. O desequilíbrio desses minerais pode causar arritmia cardíaca.

Uréia e creatinina: verificam a função renal. Se os rins não estiverem funcionando bem, o atleta poderá ter baixa resistência à actividade física.

T4livre e TSH: avaliam a função da tireóide. Com essas taxas muito altas ou baixas, o corredor poderá se sentir mais cansado ao praticar a corrida.

BIOMECÂNICO
Teste de pisada
Como é:
há vários tipos de teste de pisada. Os mais comuns são realizados na passadeira, em superfícies sensíveis que lêem os pontos de impacto de cada região do pé e os computadorizados.
Função: identificar se a pisada é neutra, pronada ou supinada. O teste ajuda na escolha adequada da sapatilha.

Cinemático
Como é:
o atleta é filmado durante a corrida na passadeira para que os movimentos sejam avaliados por especialistas
Função: analisa a angulação do pé, joelho, quadril e coluna para adequar o movimento biomecânico do corpo durante a corrida.

Dinamometria isocinética
Como é:
um braço de robô é acoplado às articulações do corpo, como pé, joelho, quadril e coluna.
Função: testar os ângulos de movimentos e as restrições musculares. Esse exame analisa a velocidade de reação da contração muscular, da força que o membro consegue exercer e da simetria entre os músculos.


15.12.13


O emagrecimento é um “exercício” diário que se pratica assim como se faz uma actividade física. Confira cinco regras essenciais para não sofrer mais com a balança

 Beber água não emagrece, mas...
A água não ajuda a emagrecer nem deve ser substituta de qualquer refeição, pois não irá fornecer a energia e os nutrientes necessários para o organismo. No entanto, “a água é fundamental para que inúmeras funções do nosso corpo ocorram de maneira adequada. É importante que haja um consumo hídrico de oito a dez copos por dia. O consumo de água ajuda a eliminar toxinas do organismo e isso é importante na fase de perda de peso”, esclarece a nutricionista Patrícia Bertolucci.

Alimentação a cada 3 horas
O fracionamento é importante para a manutenção ou perda de peso, além de fazer com que o organismo trabalhe de maneira adequada. Por isso, é fundamental que sejam realizadas de cinco a seis refeições por dia, sendo três grandes (desjejum, almoço e jantar) e lanches intermediários. “Isso manterá a taxa metabólica e favorecerá a perda de peso, além de evitar exageros na próxima refeição”, afirma a nutricionista Priscila di Ciero.

Excluir carbohidratos?
O carbohidrato é o responsável por fornecer energia para realizar todas as actividades diárias. Tem também função anticoagulante, lubrificante, estrutural e antigênica (actuando na activação do sistema imunológico).

“As dietas que restringem carbohidratos surgiram a partir do princípio de que o carbohidrato estimula a insulina, e esse hormônio anabólico impede a perda de peso. No início há uma perda de peso, mas com o tempo surge a dificuldade de manter uma dieta sem carbohidratos. Ao voltar a consumi-lo, a pessoa ganha peso, pois esse carbohidrato consumido, em vez de ser utilizado como fonte de
energia, será convertido em gordura”, alerta Patrícia Bertolucci.

Não “pule” refeições
Engana-se quem acredita na fórmula de que “pular” uma refeição por dia emagrece. Pelo contrário, cortar refeições, além de não auxiliar no processo de perda de peso, pode desequilibrar o metabolismo. “O fracionamento das refeições é muito importante para manter o bom funcionamento do organismo e pode ajudar a emagrecer, pois auxilia a controlar a saciedade e faz com que a fome não seja acumulada para a próxima refeição. Se o organismo fica muito tempo em jejum, o metabolismo diminui e o armazenamento de gordura acontece com mais facilidade”, aconselha a nutricionista Ana Paula de Souza.

Corra, pratique desportos!
O exercício físico tem papel coadjuvante no tratamento da obesidade, pois o gasto calórico proveniente da actividade física mostr-se como grande aliado na perda de massa corporal. Patrícia Bertolucci completa: “O exercício físico favorece a resistência muscular localizada, o aumento da capacidade aeróbica e a diminuição da massa e da porcentagem de gordura corporal. A actividade física resulta na preservação da massa magra e diminuição de gordura, sendo que, durante um programa de perda de peso, somente com dieta sem exercício o resultado é perda de menos gordura e diminuição de musculatura”.


05.09.13

O que é a tríade da mulher atleta?

Reconhecida em 1992, representa uma síndrome em que a alimentação desregrada, a amenorreia e a osteoporose se encontram relacionadas. O Colégio Americano de Medicina Desportiva publicou em 1997 a sua primeira posição oficial sobre a Tríade (actualizada em 2007), chamando a atenção de médicos e treinadores para a sua gravidade e facultando orientações estandardizadas para a prevenção e tratamento de atletas com um ou mais componentes da tríade. Recentemente, reconheceu-se que cada componente da tríade ocorre num contínuo e que as atletas que evidenciam uma das suas componentes podem eventualmente ser diagnosticadas com esta síndrome.

Principal alvo

Apesar de se desconhecer a prevalência exacta da tríade, alguns estudos com atletas mostram que cerca de 30% das estudantes integradas no desporto universitário dos EUA e de 60% das atletas de alta competição da Noruega estão em risco de tríade. Os resultados destes estudos indicam que a tríade existe não só nas mulheres atletas, mas também em mulheres jovens normalmente activas.

Como acontece a tríade da mulher atleta?

A alimentação desregrada constitui o cerne da tríade da mulher atleta e está relacionada com uma insuficiente disponibilidade energética. Se esta se mantiver baixa por um período de tempo prolongado aumenta a probabilidade de ocorrência de distúrbios menstruais graves, como a oligomenorreia (ocorrência de ciclo menstruais intermitentes com durações iguais ou superiores a 36 dias) e a amenorreia. O efeito protector do estrogénio (a regularidade do ciclo menstrual está associada a uma produção adequada de estrogénio e progesterona) no tecido ósseo encontra-se bem estabelecido na mulher. O estrogénio aumenta a eficiência da absorção intestinal do cálcio, diminuiu a sua excreção urinária e reduz a taxa de remodelação óssea, que, se excessiva, favorece a reabsorção em detrimento da formação óssea. Condições crónicas de hipoestrogenismo podem conduzir à osteoporose, ou seja, a terceira componente da tríade. Algumas consequências: As consequências de uma massa óssea diminuída ou de osteoporose numa jovem incluem o risco de fractura de fadiga durante a prática desportiva assim como de fracturas relacionadas com osteoporose prematura. As atletas com amenorreia apresentam ainda um risco de doença cardiovascular aumentando devido a disfunção endotelial relacionada com o efeito protector dos estrogénios.
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23.03.13
Tem uma existência milenar e para além de continuar a ser a base da medicina na China e noutros países do Oriente, está hoje amplamente difundida no Ocidente onde é muito utilizada como complemento da medicina ocidental. O conceito básico da MTC é a força vital (qi, energia) que percorre todo o corpo. Qualquer alteração no fluir dessa força vital pode levar a desequilíbrios e a doenças. Para reequilibrar essas alterações é necessário harmonizar os elementos internos e os externos. A sua filosofia baseia-se na prevenção e aprendizagem de técnicas de  auto-tratamento.  A aprendizagem de uma dieta equilibrada, técnicas de relaxamento, Shiatsu (massagem), Tui-na, Acupuntura, Fitoterapia (tratamento com plantas) e Tai-chi-chuan são algumas das técnicas a ser aplicadas e ensinadas para conseguir obter os resultados pretendidos. É procurada essencialmente para doenças crónicas.

Acupunctura

 

Acupuncture

 

 

É uma técnica que consiste na estimulação de pontos específicos no corpo. Segundo a MTC o corpo é atravessado por meridianos que representam diferentes órgãos. Ao longo de cada meridiano definem-se pontos específicos, cuja estimulação está relacionada com a função de diferentes órgãos ou sistemas. A estimulação dos pontos faz-se geralmente através da inserção de finas agulhas nesses pontos específicos. A aplicação das agulhas é geralmente muito bem tolerada. Também pode usar-se a pressão feita com o dedo (acupressão) ou a aplicação de calor (moxibustão). Estes estímulos induzem a libertação de endorfinas e de outras substancias existentes no organismo que atenuam a sensação de dor e aliviam sintomas associados com certas doenças. Produzem também um o re-equílibrio energético. Utilizada para a estimular o sistema imunitário, reequilibrar a energia em fases de maior stress e cansaço, e ainda no tratamento de certas doenças.

 


A organização mundial de saúde reconhece a eficácia da acupunctura nas seguintes patologias:

- Alterações digestivas (dor abdominal, obstipação, indigestão, hiperacidez)

- Alterações emocionais (ansiedade, depressão, insónia e nervosismo)

- Alterações músculo-esqueléticas (dor nas costas, músculos e ciática)

Alterações respiratórias (asma, bronquite, constipação, sinusite)

- Alterações ginecológicas (sintomas associados à menopausa e à pré-menopausa)

- Alterações neurológicas (dor de cabeça, enxaqueca, dor pós-operatória)

- Alterações várias (redução do stress, da

 

tensão arterial, fadiga crónica, tonificação do sistema imunológico,controlo da adição do tabaco, do álcool, e outras drogas, aumento do desempenho desportivo.

 

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Acupunctura auricular

 

 

orelha

 

Consiste na inserção de agulhas ou de pequenas esferas que exercem pressão em áreas reflexas na orelha, é usada como uma técnica complementar nos tratamentos anteriores. As esferas podem ser coladas na orelha e permanecer aí durante alguns dias (quase não se notam) pra que o paciente possa realizar auriculoterapia por si mesmo, apertando as esferas contra a orelha, repetidamente, ao longo do dia.

 

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27.02.13

Descubra como isso acontece e as formas de se prevenir

Muito já se falou sobre o ácido úrico e suas consequências, mas você sabe exactamente como ele é produzido pelo seu corpo? É muito importante que você saiba como isso acontece para que possa se prevenir da maneira correcta. O ácido úrico é um bioproduto proveniente da degradação celular. Em outras palavras, quando a célula morre o DNA e o RNA são transformados em químicos que recebem o nome de purinas e que por sua vez são degradados em ácido úrico. Dados revelam que o ácido úrico tem se elevado entre a população desde a primeira metade do século 20. Para se ter uma ideia, em 1920, a média do ácido úrico era de aproximadamente 3,5 ml/dl. Já em 1980 o nível subiu para 6 a 6,5 ml/dl e certamente é muito maior hoje. A base deste aumento está no consumo de frutose,  hoje o açúcar mais consumido na alimentação diária. A frutose eleva a produção de ácido úrico através de um processo complexo que faz com que a célula consuma seus ATPs rapidamente. Isso acaba gerando um choque e promovendo o crescimento do índice de morte celular. Por isso, faça muita atenção à sua alimentação, pois ao consumir uma quantidade excessiva de frutose a célula fica sem energia e entra em estado de choque, como se não tivesse mais suprimento de sangue. Diante disso, as células deficientes de energia acabam por inflamar e ficam ainda mais susceptíveis aos danos causados pelo estresse oxidativo. Hoje temos a consciência de que o ácido úrico elevado pode ser o preditor da cirrose hepática não alcoólica, diabetes, doença cardiovascular, hipertensão e obesidade. E para medir essa taxa existem testes simples e baratos que devem fazer parte do seu check up de rotina. Para os homens o nível ideal é de até 4 ml/dl, e para as mulheres é de até 3 ml/dl. Considerando esses valores, caso o seu ácido úrico esteja acima do indicado, elimine o máximo de frutose que puder de sua alimentação e refaça o exame após algumas semanas. Agora que você já sabe como o seu corpo produz o ácido úrico e quais o fatores capazes de acelerar o aumento da sua produção, é hora de adotar novas medidas! Vamos lá?


30.01.13


A psicóloga do desporto Daniela Koerbel fala sobre a dificuldade dos atletas em lidar com as lesões e dá dicas de como enfrentá-las. No contexto nacional e mundial, cada vez mais as pessoas estão procurando qualidade de vida e, por conseguinte, procuram por bem-estar. Desta forma, os centros desportivos, as academias, os clubes e até mesmo as ruas, nunca ganharam tantos praticantes de actividades física como na actualidade.

Todavia, a modalidade desportiva que vem ganhando destaque e cada dia mais adeptos é o Atletismo, especialmente as corridas de rua. E, para se iniciar nessa actividade basta apenas que se decida ser o que se é, que se decida ser feliz. Após esta tomada de decisão, cabe agora que se faça um check-up médico para avaliar as condições físicas para tal prática. Depreende-se da Psicofisiologia do Desporto e do Exercício que o acto de correr de forma contínua e constante favorece a diminuição dos níveis de stresse e, por conseguinte, desacelera os níveis de cortisol e é liberada endorfina na corrente sanguínea. Assim, durante a prática da referida modalidade, sente-se bioquimicamente e psicologicamente uma sensação de êxtase total e de completo bem-estar. Conforme o exposto anteriormente, a sensação de prazer que é despertada pelo acto de correr faz com que, muitas vezes, praticantes desta modalidade desportiva excedam em seus treinos e em suas competições, ocasionando o overtraining e, em alguns casos, o burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso). Com isso, o que geralmente acontece é um acúmulo de ácido láctico nos músculos, dores intensas, e possíveis lesões desportivas.

Mas, quando isso acontece, o que se deve fazer?

Quando se diagnostica que o atleta, seja ele amador ou de elite, apresenta sintomas de burnout, o que se verifica é que há uma “saturação emocional do atleta devido à sobrecarga física e mental, que é considerado um estado avançado da síndrome de overtraining”(Samulski, 2009).
Com toda esta sintomatologia, o praticante de corrida acaba tendo um efeito contrário em seu rendimento desportivo, uma vez que seu nível de desempenho na actividade tenderá a reduzir, podendo além disso sofrer lesões desportivas importantes. Quando se está acometido por algum tipo de lesão física proveniente do excesso ou do próprio desgaste físico dos treinos e competições, o atleta deverá parar com suas actividades até que se recupere e se restabeleça. E o que se deve fazer, primeiramente, é consultar um médico do desporto para que, juntos (médico e atleta), encontrem a melhor maneira de se fazer uma reabilitação adequada ao caso. É válido ressaltar que uma lesão física não surge isoladamente, ou seja, uma lesão física também costuma vir acompanhada de uma lesão emocional, uma vez que o atleta estará obrigado a parar todo seu treino e sua rotina desportiva em prol de sua pronta e eficaz recuperação. Com isso, as principais reações psicológicas são sentimento de raiva, impotência, tristeza, medo,fadiga, incredulidade, negação, baixo auto-estima e, em alguns casos, depressão. Assim, é salutar que o atleta procure um psicólogo do desporto, uma vez que somente este profissional é capacitado para manejar os aspectos físicos e psicológicos de uma lesão. Uma técnica comumente utilizada para atletas de alto rendimento é o “treino mental ou visualização”, associado ao processo terapêutico tradicional. Esta técnica permite que, ao se visualizar o processo de cura com sucesso, se reduza as expressões fisiológicas e verbais de medo e de dor por meio do envio de sangue à área lesionada e, por conseguinte, o processo de cura seja mais rápido.


20.01.13

Praticar corrida e sexo regularmente são formas de obter saúde com mais prazer e melhor desempenho, em ambas as actividades.

Corrida e sexo estão interligados desde a origem do homem, literalmente. A própria concepção promove uma disputa de espermatozóides “bem condicio­nados” em busca do óvulo. Chega na frente quem tem mais energia e toma o caminho certo. Da mesma forma, durante a vida sexual do indivíduo, o trabalho de condicionamento aeróbico pode ser um aliado não só para manter o desejo vivo, mas para promover um bom desempenho. A medicina já prova que indivíduos que praticam actividade física regular são melhores parceiros no sexo, em função das inter-relações que existem entre as práticas.“A relação sexual com penetração exige movimentos pélvicos que consomem energia e força muscular. É comum a descrição de casais com mais de 50 anos e sedentários que interrompem a caminhada rumo ao orgasmo por cansaço. Além disso, o cansaço pode, no homem, desin­flar a erecção. Portanto, um bom condicionamento físico é essencial para uma relação sexual satisfatória”, diz o médico neurologista e autor do livro “Inteligência Sexual”, Martin Portner. Na associação entre sexo e corrida, sem dúvida o coração é um dos mais impor­tantes elos de ligação. Um sistema cardiovascular sadio actua não só na erecção como também no trans­porte eficaz de hormônios e oxigênio para as células do organismo. A corrida, pelos seus processos adaptativos no organismo, protege contra a arterios­clerose – o acúmulo de gordura dentro dos vasos sangüíneos –, promove a formação de novos microvasos (neovascularização) e melhora a eficiência do coração, que passa a bombear mais sangue com menor esforço, intensificando a nutrição muscular. Não à toa, os cardiopatas são os que mais se beneficiam das recomendações e da atenção médica antes da actividade sexual.

Boa capacidade aeróbica
“Quanto maior for a capacidade aeróbica do indivíduo, menor será o risco de ter problemas sexuais, pois a actividade física regular é capaz, entre outras coisas, de reduzir o trabalho cardíaco requerido durante o sexo”, diz Ricardo Stein. Da mesma forma, a corrida regular também aumenta a capacidade pul­monar de absorver oxigênio para a produção de energia no organismo. Essa capacidade também é importante na actividade sexual. Ela contribui para tornar o indivíduo menos ofegante e mais resistente ao esforço, por mais tempo.


Hormônios correm soltos
A actividade física não estimula uma produção maior de testosterona, no homem, ou estradiol, na mulher, como muitos pensam. Ao contrário, os exercícios físicos extenuantes podem derrubar os níveis destas substâncias no organismo e prejudicar a libido. No entanto, se feita de forma moderada, a actividade pode dar a impressão de estimular mais o desejo. O indivíduo que corre ou faz outra actividade regular elimina uma série de factores e influências do stresse que prejudicam a produção dos hormônios sexuais e estabilizam o cortisol que, em níveis altos, atrapalha a erecção. Quando a liberação ocorre normalmente, a vontade parece ficar maior”, explica o fisiologista do Cemafe (Centro de Medicina da Actividade Física e do desporto), da Unifesp (Universidade Federal de SP), Turíbio Leite de Barros. Segundo ele, também não é preciso abrir mão do sexo em função do exercício. “A menos que o indivíduo esteja fatigado, o sexo não costuma levar a um desgaste físico muito significativo”, afirma. Portanto, nada impede que um corredor faça um “aquecimento” na noite anterior a uma prova. Ao contrário, quanto maior a freqüência sexual, maior será a produção de testosterona, como efeito adaptativo, proporcionando mais pique e disposição para o exercício, além de favorecer o desenvolvimento muscular. Vários outros hormônios requisitados para uma boa relação sexual também são estimulados com a actividade física, como a adrenalina, a noradrenalina, o GH (sigla, em inglês, para hormônio da juventude) e as endorfinas. Segundo o endocrinologista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) Márcio Mancini, a adrenalina, responsável por activar a circulação e deixar os sentidos mais “despertos”, actua tanto no momento do sprint da corrida quanto na excitação. Mas é a endorfina, hormônio liberado por meio da actividade física e responsável pela sensação de prazer, quem vai garantir o trabalho psicológico necessário para promover uma maior disposição sexual. O autor do livro “Inteligência Sexual”, Martin Portner, define: “sexo pode até dar falta de ar, mas isso só acontece com as pessoas que não se preparam. Para as preparadas, sexo é tão importante quanto o ar”, finaliza.


30.09.12

Veja dicas de especialistas e entenda como deve ser feita a actividade para quem já passou dos sessenta

 



Depois de alguns anos, quando a idade chega, algumas coisas no corpo tendem a mudar com relação à juventude, e os cuidados com o bem-estar físico e mental são ainda mais necessários. A realização de exercícios físicos, desta forma, se torna essencial, tanto para reforçar a parte muscular e óssea quanto para deixar a mente sã para novos anos de vida. Porém, como quase tudo relativo à terceira idade, a evolução nos esportes também deve acontecer com amadurecimento e sabedoria, nunca almejando fatos além da capacidade atual ou na qual o corpo não o permita. Então, para que tudo ocorra bem, é de extrema importância que o indivíduo realize exames periódicos com um médico, que irá avaliar a potência do seu corpo e qual carga ele pode suportar. Logo após completar essa etapa, é altamente recomendável a procura de um profissional do Desporto, que auxiliará o atleta durante o exercício. “É importante a presença de um profissional, pois ele é o único que pode dar o suporte necessário ao corredor idoso em qualquer situação”, diz Rodrigo Lobo, director técnico da Lobo Assessoria desportiva.

Com calma se vai longe
Três aspectos da corrida, que são importantes para qualquer atleta, ganham ainda mais destaque para corredores que já passaram dos sessenta. São eles: o volume, que é a quantidade de quilômetros treinados, a intensidade, relativo à força exercida pelo atleta durante as passadas, e a frequência de treino, que varia de acordo com a disponibilidade semanal do indivíduo. Esses três itens variam de acordo com o físico de cada pessoa. Porém, Lobo afirma que é possível ter uma ideia da média de treino semanal relativo à esta idade. “É necessário para o idoso realizar treinos de corrida no máximo quatro vezes por semana, com o tempo de 30 minutos, em uma frequência moderada ou leve”, afirma.
Uma das principais virtudes da melhor idade é saber utilizar a calma e a paciência adquiridas ao longo da vida. Desta forma, não deixar a afobação tomar conta durante a corrida é o mais indicado, já que a pressa excessiva pode afectar o corpo do indivíduo, causando até mesmo algumas lesões. “O idoso tem que pensar na saúde em primeiro lugar e, por vezes, até esquecer um pouco sua performance na corrida, pois a melhor maneira de manter uma boa saúde é realizando o que está no seu parâmetro”, alerta o fisiologista Raúl Santos de Oliveira.

Prazer pela saúde
Para conseguir elevar a saúde não basta apenas seguir rigidamente os treinos ou levar o exercício físico muito a sério. O idoso deve fazer com que a prática da corrida se torne para ele algo prazeroso, já que, quanto mais gosto tiver pelo que faz, mais bem realizada e mais consequências positivas ela trará. Feita de forma consciente e respeitando os limites impostos pela idade, a corrida só trará benefícios para o atleta. A prática do desporto pode influenciar nos seguintes aspectos:

• Melhora na pressão arterial;
• Melhor autonomia física e mental;
• Menos stresse;
• Menor peso e, consequentemente, menor sobrecarga na coluna e articulações;
• Manutenção óssea e muscular;
• Perda de peso;
• Regulação do sono e do sistema digestivo;
• Melhor control do diabetes.

Uma caminhada, aliada com alimentação balanceada, pode ser uma boa pedida para ajudar na evolução dos dsportistas da “melhor idade”. É importante, entretanto, que o desporto seja executado de maneira correcta. Factores como roupa adequada, boa hidratação antes, durante e depois do exercício, evitar lugares poluídos e não correr em jejum só trarão benefícios.


22.08.12

 


Um estudo conduzido pelo National Institute on Aging (Maryland, EUA) e a Universidade de Cambridge, revela que correr regularmente estimula o cérebro. Com este exercício é estimulado o crescimento de centenas de milhares de novas células na região do cérebro ligada à formação e recordação de memórias.

Correr melhora a capacidade que uma pessoa tem de se lembrar das memórias sem as confundir. Uma capacidade crucial para a aprendizagem e outras tarefas cognitivas. O estudo foi publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences».

Com esta descoberta estão potenciadas descobertas acerca da deterioração das capacidades mentais que afectam as pessoas de mais idade.


11.02.12


A gente sabe, porque já não é mais novidade, que o índice de idosos vem aumentando a cada ano, assim como a expectativa de vida . Embora seja verdade que muitos desses idosos estejam chegando a essa idade com a saúde abalada e sem assistência médica adequada, uma boa parcela está dando a volta por cima trabalhando, continuando útil à sociedade e praticando actividade física.


Nas corridas rústicas esse facto é bem marcante na faixa etária acima dos 60 anos, que recebe cada vez mais adeptos. E não é só isso. É a faixa etária que mais evolui os tempos na maioria das corridas . Dados colhidos de 2006 deram conta que essa faixa etária diminuiu os tempos em três minutos para os homens e oito para as mulheres, comparando com os tempos da mesma prova e percurso de 1998. As outras faixas etárias da maioria dos adultos, percentualmente evoluíram muito pouco, assim como os próprios atletas de elite. Entretanto, não se pode comemorar plenamente. Por conta desse crescimento de adeptos, as contusões e lesões também vêm aumentando, muito mais por falta de um treinto adequado a essa faixa etária. Sabe-se que o tempo cobra o seu preço nas alterações biológicas com o desgaste normal das articulações, queda da força física e diminuição da massa muscular. Se o corredor mais velho sair correndo aleatoriamente vai quebrar com mais facilidade que o jovem adulto.

MENOS MÚSCULOS.

É bem estabelecido que o avanço da idade induz à perda de massa muscular, num processo conhecido por sarcopenia, significando "perda de carne" (sarx = carne, penia = perda), cuja origem pode ser multifatorial, sendo a idade uma delas. Em bom português, de uma forma geral os músculos vão "secando". Perde-se massa muscular, sendo esse processo acelerado com o sedentarismo, vida irregular, stresse etc. Além disso, a própria corrida pode ser um factor de aceleração de perda de massa muscular na terceira idade, por conta do processo conhecido por catabolismo. Por outro lado, sabe-se que corredores de longa distância também têm suas desordens musculares em função da própria corrida. Boa parte fica meio corcunda e têm força desequilibrada nos músculos da coxa, podendo ocasionar, por exemplo, desvio de patela. Não é raro fundista reclamar de dores nas costas principalmente na região lombar. Horas de treino levam o corredor a assumir uma postura inadequada. As costas ficam curvadas, os braços arriados e os joelhos flexionados em angulação abaixo do normal. Nossas fibras musculares tem capacidade limitada de cicatrizações e, claro, quanto mais lesões ao longo do tempo, mais encurtados ficam os grupos musculares acometidos. Essa também é uma das razões da queda de performance mais ou menos acentuada de corredores mais velhos que tentam passar dos limites.

TRABALHOS DE FORÇA.

Os tempos nas provas das pessoas acima de 60 anos estão melhorando justamente porque são eles os mais disciplinados e porque procuram seguir as orientações de seus treinadores ou a voz da experiência. Uma das soluções, como já conversamos em outras edições, é a prática da musculação conjugada com o treino da corrida. Já são bem estabelecidos os benefícios dessa actividade no processo de melhora da massa muscular em qualquer idade e/ou desaceleração da perda normal de músculos e força por conta da idade. Trabalhos bem conduzidos mostram sexagenários adeptos à musculação com potencial de força física semelhante a adultos jovens e muito superiores a idosos sedentários. Para quem corre especialmente visando a qualidade de vida faz toda a diferença, percebida não só na corrida como nas atividades funcionais envolvendo força como, por exemplo, na ida ao supermercado. Na hora de carregar, embarcar e desembarcar as compras, quem apenas corre pode passar o maior sufoco. Aí, de que adianta ter um bom condicionamento cardiopulmonar, baixo percentual de gordura se na hora "agá" falta a força física?

TAMBÉM NO GINÁSIO.

Nos ginásios o grupo etário que mais cresce e principalmente permanece por mais de seis meses é também dos idosos. Entre os jovens existe muito mais rotatividade por conta da característica de querer resultado rápido e, obviamente, não conseguem. Os mais velhos, com paciência ficam e se beneficiam dos resultados que aparecem mais devagar, mas aparecem.

Como geralmente os freqüentadores de ginásio acabam correndo na esteira por no mínimo meia hora, quando surge oportunidade de uma competição de 5 km eles se inscrevem e se dão muito bem. É o suficiente para pegar o gostinho de correr na rua e melhorar mais ainda.

Outro grande benefício dessa conjugação da corrida e musculação é que a corrida por si só melhora o sistema imunológico em qualquer idade. Para o idoso isso é mais importante ainda porque ao se manter activo ele continua a produzir células que, além de estimular a produção de sangue novo na medula óssea, protegem o organismo contra as doenças viróticas oportunistas. Embora não esteja cientificamente provado, já se sabe que quem corre, ou pratica outro dsporto, regularmente adoece menos.


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